terça-feira, 4 de dezembro de 2018

Arno Philipp



Arno Philipp nasceu em Zwickau, Saxônia, Alemanha, em 11 de janeiro de 1870 e faleceu em Porto Alegre em 31 de outubro de 1930.
Foi educadormilitarescritortradutorjornalista e político teuto-brasileiro. Ele foi um dos primeiros especialistas em esperanto do Brasil, juntamente com Francisco Valdomiro Lórenz, tendo respondido ao chamado impresso no final do Unua Libro (Primeiro Livro), o livro básico do esperanto, a língua internacional, publicado por L. L. Zamenhof, em 26 de julho de 1887.
Filho de August Ludwig Philipp e Ida Louise Grimm, casou-se em 1895 com Margareta Wolf, com quem teve três filhos: Ruth, Paul e Hans. Frequentou o Ginásio Real de Zwickau. Era luterano e chegou ao Rio Grande do Sul em 1889. Em viagem de passeio, porém, resolveu radicar-se em Porto Alegre. Recebeu diploma de professor normalista em 1892 e, a partir de 1900, trabalhou no Colégio Julio de Castilhos.
Quando jovem estudante ingressou no jornal Deutsche Zeitung, na época o jornal alemão mais antigo da América do Sul. Foi discípulo de Wilhelm Schweitzer em matéria de redação, quando esse retornou à Europa em 1893, assumiu o posto de redator-chefe do jornal, cargo que exerceu até 1917, quando cessaram todas as atividades jornalísticas em língua alemã no Brasil devido à Primeira Guerra Mundial. Em seus primeiros anos de trabalho, seu foco era informar os leitores sobre acontecimentos relativos à Revolução Federalista. Este jornal foi o único da comunidade alemã que apoiava as medidas do governo gaúcho durante esse episódio da história rio-grandense.



Em 1897, acompanhou Julio Prates de Castilhos em três viagens pelo interior, visitando as cidades de Caxias do Sul, Santa Cruz e Ijuí, sendo convidado para entrar na política, tornando-se um dos mais dedicados colabores de Julio de Castilhos. Nestas viagens, Arno Philipp era a pessoa mais indicada para expor a Julio os problemas da zona de colonização alemã.
Foi deputado provincial eleito em 1905, tendo sido reeleito sucessivamente até 1928, quando abandonou a política por problemas de saúde. Fez parte da nominata governista a pedido de Borges de Medeiros. Durante esse período, Arno Philipp foi o único alemão naturalizado brasileiro que exerceu um mandato político. Na carreira militar, chegou à patente de tenente-coronel da Brigada.
Traduziu para o alemão várias obras de José de Alencar e do Visconde de Taunay, como “Inocência”, “As minas de prata”, “O tronco do ipê”, “Cinco minutos” e “A viuvinha”. “Inocência” foi editado, em três volumes, pela Editora Rotermund, enquanto as outras traduções acham-se dispersas nos diversos jornais e almanaques da época. 
Também publicou vários trabalhos em língua alemã, entre novelas, contos humorísticos, contos para crianças e sobre motivos folclóricos brasileiros, com o fim especial de se tornar conhecido na Alemanha. Em 1924, elaborou e organizou grande parte da publicação comemorativa ao primeiro centenário da imigração alemã no Rio Grande do Sul.

 Pesquisa e texto: Claus Farina - Historiador/Analista em Assuntos Culturais
Fontes:
Wikipédia
Jornal Diário de Noticias 27/03/2018
Jornal Folha das Máquinas 13/11/2018
Consultado em 27/11/2018

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