Arno Philipp nasceu
em Zwickau, Saxônia,
Alemanha, em 11 de janeiro de 1870 e faleceu em Porto Alegre em 31 de outubro de 1930.
Foi educador, militar, escritor, tradutor, jornalista e político teuto-brasileiro. Ele
foi um dos primeiros especialistas em esperanto do Brasil,
juntamente com Francisco Valdomiro Lórenz,
tendo respondido ao chamado impresso no final do Unua Libro (Primeiro Livro), o livro básico do esperanto, a
língua internacional, publicado
por L.
L. Zamenhof, em 26 de julho de 1887.
Filho de August Ludwig Philipp e Ida Louise
Grimm, casou-se em 1895 com Margareta Wolf, com quem teve três filhos: Ruth,
Paul e Hans. Frequentou o Ginásio Real de Zwickau. Era luterano e
chegou ao Rio
Grande do Sul em 1889. Em viagem de passeio,
porém, resolveu radicar-se em Porto Alegre. Recebeu
diploma de professor normalista em 1892 e, a partir de 1900, trabalhou no Colégio
Julio de Castilhos.
Quando jovem estudante ingressou no
jornal Deutsche
Zeitung, na época o jornal alemão mais antigo da América do Sul. Foi
discípulo de Wilhelm
Schweitzer em matéria de redação, quando esse retornou à Europa
em 1893, assumiu o posto de redator-chefe do jornal, cargo que exerceu até
1917, quando cessaram todas as atividades jornalísticas em língua alemã no
Brasil devido à Primeira
Guerra Mundial. Em seus primeiros anos de trabalho, seu
foco era informar os leitores sobre acontecimentos relativos à Revolução
Federalista. Este jornal foi o único da comunidade alemã que
apoiava as medidas do governo gaúcho durante esse episódio da história rio-grandense.
Em 1897, acompanhou Julio
Prates de Castilhos em três
viagens pelo interior, visitando as cidades de Caxias do Sul, Santa Cruz e Ijuí,
sendo convidado para entrar na política,
tornando-se um dos mais dedicados colabores de Julio de Castilhos. Nestas
viagens, Arno Philipp era a pessoa mais indicada para expor a Julio os problemas
da zona de colonização alemã.
Foi deputado
provincial eleito
em 1905,
tendo sido reeleito sucessivamente até 1928, quando abandonou a política por problemas
de saúde. Fez parte da nominata governista a pedido de Borges de Medeiros. Durante
esse período, Arno Philipp foi o único alemão naturalizado brasileiro que exerceu
um mandato político. Na carreira militar, chegou à patente de tenente-coronel da Brigada.
Traduziu para o alemão várias obras de José
de Alencar e do Visconde
de Taunay, como “Inocência”, “As minas de prata”, “O tronco do ipê”, “Cinco minutos” e “A viuvinha”. “Inocência” foi editado, em três
volumes, pela Editora Rotermund,
enquanto as outras traduções acham-se dispersas nos diversos jornais e
almanaques da época.
Também publicou vários trabalhos em língua
alemã, entre novelas, contos humorísticos, contos para crianças e sobre
motivos folclóricos brasileiros,
com o fim especial de se tornar conhecido na Alemanha. Em 1924, elaborou e
organizou grande parte da publicação comemorativa ao primeiro centenário
da imigração
alemã no Rio Grande do Sul.
Fontes:
Wikipédia
Jornal Diário de Noticias 27/03/2018
Jornal Folha das Máquinas 13/11/2018
Consultado em 27/11/2018
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